Duas reuniões para tentar travar a greve dos motoristas

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A uma semana do início da greve, o Governo acolhe reuniões separadas com o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas e a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias.

O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas esteve esta manhã no Ministério das Infraestruturas a apresentar as suas propostas ao Governo.

Este dia 5 de agosto pode ser decisivo para saber se a greve dos motoristas de pesados, marcada para a próxima segunda-feira, 12, avança ou é desmarcada.

Os dois sindicatos que fizeram o pré-aviso de greve e que estão em guerra aberta com os patrões, encontraram-se no Ministério das Infraestruturas. 

A reunião não conta no entanto com a presença da ANTRAM (Associação Nacional dos Transportes públicos Rodoviários de Mercadorias), que irá ao mesmo ministério às 15h juntamente com a Fectrans, federação de sindicatos que não se uniu à paralisação e que tem estado na mesa de negociações com os patrões nas últimas semanas.

Em comunicado enviado às redações este sábado, em reação desta vez à entrevista de Pardal Henriques ao Expresso, a ANTRAM afirma que 

“percebendo que existe um sentimento generalizado da população portuguesa contra esta greve por a mesma reclamar em 2019 aumentos para 2021 e 2022, o Sindicato veio, de forma ardilosa e disfarçada, tentar enganar a ANTRAM e os portugueses”. 

Acrescenta que os trabalhadores não aceitam levantar o pré-aviso de greve, “mantendo esta chantagem e pressão inaceitáveis, com a qual a associação não está disponível para negociar”.


“É pois uma tentativa frustrada de tentar lavar a cara perante a população portuguesa quando na verdade o que este sindicato quer – como aliás sempre quis – é ir para a greve sem olhar aos portugueses e ao país”, concluem os patrões.